quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Tafamidis: a esperança que tarda

Molécula 'Tafamidis' foi  desenvolvida pela farmacêutica americana FoldRx, comprada recentemente pela Pfizer
Molécula 'Tafamidis' foi desenvolvida pela farmacêutica americana FoldRx, comprada recentemente pela Pfizer

Portadores da ‘doença dos pezinhos’ exigem
imediata distribuição de medicamento em Portugal

«Pelo fim da paramiloidose e o início de uma vida com dignidade» é o título da petição pública que há vários meses corre na Internet. O desenvolvimento de um medicamento que trava os efeitos da Polineuropatia Amiloidótica Familiar, enfermidade hereditária, rara e mortal, conhecida como ‘doença dos pezinhos’, que se espalhou mundialmente a partir de Portugal, e a sua ainda não aplicação no nosso país tem levantado muitas críticas ao Ministério da Saúde e ao Infarmed.

Em conversa com o «Ciência Hoje», Carlos Figueiras, presidente da Associação Portuguesa de Paramiloidose (APP), diz não compreender por que razão a substância Tafamidis (Fx-1006A), com o nome comercial de Vyndaqel, não teve, como noutros países, autorização especial do ministério da Saúde para ser aplicada antes da sua aprovação pela Comissão Europeia e pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), mesmo com resultados francamente positivos nos ensaios clínicos.
Em Portugal existem aproximadamente dois mil doentes sintomáticos e seis mil assintomáticos, fazendo com que este seja o país com maior incidência da doença. Carlos Figueiras explica que o Tafamidis “está a ser testado há quatro anos, sendo desde 2010 aplicado em França e desde este ano em Itália, ao abrigo da Autorização de Utilização Especial dos ministérios da Saúde daqueles países”.
Ao travar a doença (o medicamento impede a sua evolução ao bloquear o depósito da proteína nos tecidos de todos os órgãos), é possível evitar a única forma que até agora se conhecia de aumentar a esperança de vida dos doentes: o transplante hepático.

Texto retirado de ciência hoje. Para ver o texto completo podem clicar no link.

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