Cientistas querem dar ‘visão humana’ a computadores
Desafio leva jovens portugueses aos EUA
2011-08-29
José Jerónimo Rodrigues e Ricardo Cabral têm o desafio de fazer os computadores “ver como humanos”, reconhecendo as relações entre os objectos que têm perante si e o seu uso, avança a Lusa.
Depois de concluírem engenharia eléctrica e computacional no Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa, respectivamente em 2008 e 2009, os dois jovens cientistas portugueses seguiram para doutoramento na Universidade de Carnegie Mellon, EUA, e estão agora a concluir estágios na Industrial Light & Magic e Qualcomm.
“A visão por computador deveria providenciar o que o humano percepciona quando está a ver”, afirma José Jerónimo Rodrigues.
Trata-se, explica, de a máquina entender “o conteúdo de uma imagem, a relação entre os objectos, o modo de os usar e inferir modelos tridimensionais embora estejamos a ver só a duas dimensões”, indo além do reconhecimento de imagem, por exemplo que em determinada fotografia estão “dois sofás, uma mesa e uma televisão”.
Segundo Ricardo Cabral, as dificuldades estão na “descrição de um problema de alto nível a um computador, cuja linguagem consiste em 'receitas', ou uma série de passos determinísticos”, e também “o facto de nem sequer se saber muito bem como o ser humano processa o conhecimento ou extrai informação de alto nível do sistema visual”.
Os domínios de aplicação desta área vão desde sistemas de diagnóstico médico como a ecografia 3D, vídeo vigilância e segurança, carros autónomos, aplicações industriais e indústria cinematográfica ou tecnologias de assistência a idosos e deficientes, além do entretenimento, de que a consola XBox Kinect é exemplo.
“A ideia de fazer um computador pensar e ver – o Santo Graal da área da inteligência artificial e da visão por computador – continua a fascinar-me todos os dias, pela parte tecnológica e pelas suas profundas implicações em áreas como a neurociência, filosofia e ética”, revela Ricardo Cabral.
Com o doutoramento a meio, os dois jovens cientistas pensam continuar a sua experiência em empresas norte-americanas.
Trata-se, explica, de a máquina entender “o conteúdo de uma imagem, a relação entre os objectos, o modo de os usar e inferir modelos tridimensionais embora estejamos a ver só a duas dimensões”, indo além do reconhecimento de imagem, por exemplo que em determinada fotografia estão “dois sofás, uma mesa e uma televisão”.
Segundo Ricardo Cabral, as dificuldades estão na “descrição de um problema de alto nível a um computador, cuja linguagem consiste em 'receitas', ou uma série de passos determinísticos”, e também “o facto de nem sequer se saber muito bem como o ser humano processa o conhecimento ou extrai informação de alto nível do sistema visual”.
Os domínios de aplicação desta área vão desde sistemas de diagnóstico médico como a ecografia 3D, vídeo vigilância e segurança, carros autónomos, aplicações industriais e indústria cinematográfica ou tecnologias de assistência a idosos e deficientes, além do entretenimento, de que a consola XBox Kinect é exemplo.
“A ideia de fazer um computador pensar e ver – o Santo Graal da área da inteligência artificial e da visão por computador – continua a fascinar-me todos os dias, pela parte tecnológica e pelas suas profundas implicações em áreas como a neurociência, filosofia e ética”, revela Ricardo Cabral.
Com o doutoramento a meio, os dois jovens cientistas pensam continuar a sua experiência em empresas norte-americanas.
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